Quem sou eu

Minha foto
Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Sou tantas e sou uma... Existo e sumo... Mergulho e retorno... Intensa, curiosa, aprendiz, crítica, sensível... Por vezes sábia. Vivendo na montanha-russa, em altos e baixos constantes... Metamorfose ambulante. Eu? "Contradigo a mim mesmo porque sou vasto" (Walt Whitman)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Filtro Solar- Formatura de Psicologia

Vídeo da minha formatura em Psicologia, em 2006, feito por minhas amigas Daisy, Renata e Vanessa.

O texto do Bial é excelente!

Ficou demais!!

Imagine

Essa não podia faltar!
Que saudades, John Lennon...

James Taylor - You've Got A Friend '71

Hoje estou fazendo uma viagem aos anos 60 e 70, que curti demais - infância e adolescência -, riponga que eu era, de corpo e alma!
Acho que ainda sou!!
Divirtam-se com esse clássico emocionante!
Beijos...

ANGIE - THE ROLLING STONES / AJDA PEKKAN ® Community C.A.

Como eu ainda adoro essa canção!...
Sessão nostalgia hoje tá demais!!...rsrsrs
Ai, ai...

sábado, 24 de novembro de 2007

PERSONA














PERSONA

(Regina Milone)


“O homem tem duas almas: uma que olha de dentro para fora e outra que olha de fora para dentro”.

(Machado de Assis)


Carl Gustav Jung, médico suíço, psiquiatra e criador da Psicologia Analítica, viveu de 1875 a 1961. Possuía visão holística do homem, isto é, via a relação das partes com o todo e não só das partes entre si, visando administrar essas partes para alcançar a totalidade. Essa é a busca do que ele chamou de “processo de individuação”, que podemos ver descrito em imagens e diferentes etapas nos contos de fada, nos mitos, nos sonhos, etc. Para Jung, nascemos “self” (= totalidade), mas para nos adaptarmos socialmente vamos nos afastando dele, criando máscaras (= personas) e é no processo de individuação, que dura toda a nossa vida, que cada um pode “vir a ser o que o indivíduo é de fato”, chegando novamente à esse “self”. É no processo de individuação que nós vamos nos diferenciando e desenvolvendo.

O passo preliminar desse processo é o desvestimento das falsas roupagens da persona. A palavra “persona” significa “expressar-se através de uma máscara” e vem do teatro grego pois, para os antigos, persona era a máscara que o ator usava segundo o papel que ia representar.

Segundo Jung, para estabelecer contatos com o mundo exterior e adaptar-se às exigências do meio, assume-se uma aparência artificial que não corresponde ao ser autêntico. Esta aparência seria a persona (na verdade, usamos várias personas, segundo Jung).

Podemos ver as personas como fachadas criadas de acordo com as convenções coletivas, quer no vestir, no falar ou nos gestos: persona de professor, de médico, de militar, etc.

A persona é um sistema útil de defesa, mas, quando é muito valorizada, o ego consciente pode fundir-se com ela e o indivíduo ficar reduzido aos seus cargos e títulos, isto é, à sua casca de revestimento. Dessa forma, ele se afasta do seu “self”, que representa suas verdadeiras potencialidades.

Segundo Jung, existe uma oposição entre os arquétipos (carga com a qual nascemos) da persona e da sombra. A “sombra” representa a parte de nossa personalidade total que nos causa repugnância. O excesso de “persona” pode reprimir totalmente a “sombra” e esta, então, é projetada, gerando injustiças e preconceitos como, por exemplo, a discriminação racial (projeção da sombra coletiva).

Um exemplo da oposição Persona X Sombra, é o personagem com dupla personalidade do romance “O médico e o monstro”, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, onde o primeiro é o médico sensível e bondoso – persona - e o segundo um monstro insensível e criminoso – sombra -, representando os dois lados (polaridades opostas) da mesma pessoa.

A esse respeito, Jung dizia: “Tenha a doçura das pombas, mas também tenha a astúcia da serpente”.



Persona é:

- o falso “eu”

- máscara

- sedutora

- proteção necessária (não ter persona é ficar kamikaze na vida)

- expansão

- ferramenta na nossa estruturação egóica

- arquético da adaptação social

- pseudoego: faceta externa de adaptação do ego (no início o ego se encontra na persona, formada para atender à expectativa dos pais)

- compromisso do ego com o mundo externo (identidade social)

- como a pessoa é perante a sociedade

- desempenhar um papel social

- parecer isto ou aquilo

- compromisso entre o indivíduo e a sociedade: nome, título, ocupação, etc.

- atitudes em relação ao mundo

- imagem de si mesmo apresentada ao mundo

- mediadora entre o ego e o meio externo

- cartão de visita


“A barba não faz o filósofo”

(Plutarco)


A persona pode ser mais genuína ou pode ser pura representação e aparência (falsa e mal intencionada). A persona genuína pode ser, por exemplo, um papel que você desempenha vindo de dentro – exemplo: o de neta, o de professora etc – e, nesse caso, é sincero e pode estar ligado a um arquétipo – por exemplo: a persona de neta respeitosa diante da “velha sábia”.

A persona expressa-se em imagens de roupas, uniformes, máscaras, nudez, transparências, estar descalço, etc. Por exemplo: um professor que sonha estar dando aula nu – este sonho pode ter, a princípio, dois significados opostos: ou ele está exposto demais, precisando se preservar e firmar seu papel (persona) de professor, ou está usando máscara demais de professor e, por isso, precisa se expor mais.

O grupo social/profissional pressiona para que o indivíduo assuma valores impostos de fora para dentro. A originalidade não é bem acolhida e o padrão de normalidade pode abafar as manifestações criativas.


“Em benefício da imagem ideal, à qual o indivíduo aspira moldar-se, sacrifica-se muito de sua humanidade”.

(Jung)


Toda máscara é bidimensional, isto é, é uma fachada que não contém a terceira dimensão, que seria a verdadeira individualidade (não contém o “self”). A rigidez, associada à morte e à petrificação, é um atributo da máscara. Por isso, muitas vezes, um grau intenso de rigidez imposto pela persona impede a manifestação original, a capacidade de fantasiar espontaneamente, etc.

Quanto maior a persona, menor a individuação, e quanto menor a persona, maior a capacidade de sonhos e fantasias ligadas ao elemento cósmico, ao tempo/espaço infinitos, às conexões simbólicas, astrológicas, lunares, etc.


“A personalidade consciente, como se fora uma peça entre outras num tabuleiro de xadrez, é movida por um jogador invisível. É este quem decide o jogo do destino e não a consciência e suas intenções”.

(Jung)


“Assim, pois, encaro a perda do equilíbrio como algo adequado, pois substitui uma consciência falha, pela atividade automática e instintiva do inconsciente, que sempre visa a criação de um novo equilíbrio; tal meta será alcançada sempre que a consciência for capaz de assimilar os conteúdos produzidos pelo inconsciente, isto é, quando puder compreendê-los e digeri-los”.

(Jung)


De maneira geral, podemos fazer dois usos da persona: um defensivo/patológico (identificação com a persona = normopata) e um criativo, como acontecia, por exemplo, no teatro grego.



Teatro Grego


Nasceu das danças e dos versos improvisados nos rituais dionisíacos. Os gregos consideravam Baco (nome latino de Dioniso ou Dionísio) protetor das belas-artes, em particular do teatro, originado nas representações que faziam por ocasião das festas em honra ao deus.

Viver dezenas de vidas, representar diversos papéis ao mesmo tempo e transformar-se em outras divindades faziam parte do teatro grego.

Téspis, o primeiro ator do teatro grego, simulava ações de outrem e suscitava toda sorte de sentimentos na platéia. Suas encenações correspondiam às paixões do público e, então, acontecia o fenômeno da catarse, entendida como “a purificação das almas através da descarga emocional provocada pelo drama”.

Téspis tornava-se um guerreiro, um deus, um representante dos desejos dos cidadãos, um profeta, um impostor, etc. E todos participavam, concordando ou discordando (o teatro grego era bastante interativo; a platéia tinha participação ativa), cantando com o coro, aplaudindo ou atirando pedras.

As máscaras, antes de Téspis, eram dotadas de feições animais.

Cabia ao ator representar com o rosto, o corpo e as máscaras.

Para Aristóteles, a “catarse” é muito importante porque “ao inspirar, por meio da ficção, certas emoções penosas ou malsãs, especialmente a piedade e o terror, ela nos liberta dessas mesmas emoções”.

A tragédia e a comédia faziam parte do teatro grego.

O conteúdo da tragédia era o mito (inicialmente apenas a lenda de Dionísio).

A comédia só apareceu um século depois da tragédia. Raízes de ambas: festas dionisíacas – elementos solenes do ritual: tragédia; partes alegres: comédia.

Na comédia, muitas vezes as máscaras exprimiam caricaturas ou personagens imaginários.

O primeiro estágio da cena cômica era denominada “comédia ática antiga”. Na “comédia ática nova” a máscara adquiriu características de símbolos.

Existiram mais de quarenta tipos diferenciados de máscaras para a comédia, no teatro grego.



OBSERVAÇÃO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Esta pesquisa sobre “Persona” e “Teatro Grego” foi feita por mim, Regina Milone, pedagoga, astróloga, arteterapeuta e psicóloga, para ministrar palestra sobre o tema "Persona, Papéis Sociais e Máscaras", no consultório de Beatriz Portella, arte-terapeuta , em 1999.

A pesquisa baseou-se em aulas assistidas no curso de Pós-Graduação de Psicologia Analítica do IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação), no Dicionário de Mitologia Greco-Romana da Abril Cultural e na coleção “Mitologia”, volume terceiro, também da Editora Abril Cultural.


De Cid de Oliveira: "Onde e quando surgiu historicamente a Astrologia?"



Onde e quando surgiu historicamente a Astrologia?

Cid de Oliveira - Astrólogo

A Astrologia que praticamos hoje no Ocidente surgiu na Mesopotâmia entre os caldeus. A época exata é ainda um problema para os historiadores oficiais. Mas, existem registros escritos datados de 2200 AC. que afirmam, sem margem de dúvidas, que a Astrologia já existia e era praticada ali em torno de 4000 AC. É dessa fonte que a Astrologia alcança o Egito, reorganiza-se dentro do hermetismo de Alexandria (mais ou menos 300 AC) atinge a Grécia e em seguida o mundo romano. No século XIV ela ocupa o interesse de grandes pensadores, como Santo Tomás de Aquino, que concebe a primeira teoria coerente para explicação do fenômeno astrológico, na sua Suma Contra os Gentios.

Por outro lado, temos informações, muito precisas e tão antigas quanto estas, a respeito da existência de uma Astrologia indiana, de uma chinesa, de uma Astrologia na América do Sul e Central, todas seguindo as mesmas premissas básicas e os mesmos conceitos gerais, adaptados apenas a tempo e lugar. O matemático e especialista em cibernética Dr. Charles Muses no seu livro The lion path: or you can take it with you ( ), publicado em 1985, mostra que, em todo mundo, desde os planaltos do Tibete até as costas da Escandinávia, existem as mesmas correspondências entre os planetas e os dias da semana. Essas atribuições universais e outras como, por exemplo, os significados dos setores zodiacais sugerem a existência de uma origem comum para essas Astrologias. Acredito que o estudo comparativo, histórico e simbólico, dessas diversas Astrologias pode fornecer pistas importantes sobre esse mistério que é onde, quando e como surgiu a Astrologia.

Se estudarmos a formação do império babilônio egípcio veremos que eles se constituíram a partir da união de diversas tribos cujos mitos e ritos estavam vinculados à paisagem terrestre. Um exemplo desse tipo de povo é o índio americano e sua relação com a pradaria e o bisão. Se tirarmos estes elementos, não poderemos compreender a civilização, o psiquismo, os valores e a economia do índio. Tanto que quando o bisão foi quase extinto, essa cultura praticamente desapareceu.


http://portodoceu.terra.com.br/estudo/perguntas-historia.asp




segunda-feira, 12 de novembro de 2007

DEFICIENTE É...... ( de Renata Villela)

‘Deficiente’ é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.

“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce

“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois ‘Miseráveis’ são todos que não conseguem falar com Deus.


Pessoal,

Me alertaram (obrigada, Giulia!) sobre a autoria deste belo texto e fui buscar maiores informações, descobrindo que NÃO É do Mário Quintana. De qualquer maneira, o texto é belíssimo! Leiam abaixo o que achei no site http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/12/341480.shtml


"Autoria Declarada
Prof. Renata Villela 27/12/2005 22:29

Entrei em contato com a Prof. Renata Villela que declarou a autoria do texto na mensagem abaixo:

"Há alguns meses recebi uma mensagem dizendo que estava circulando na internet o texto citado como sendo de autoria de Mário Quintana. Confesso que não dei muita importância e até mesmo me senti orgulhosa. Algum tempo depois o Senado Federal publicou o texto no folder de divulgação do Dia Nacional de Valorização da Pessoa com Deficiência. Aí fiquei preocupada e enviei uma mensagem para o senador Flávio Arns, autor do projeto, para esclarecer que o texto era de minha autoria. Não obtive resposta e continuei tocando a vida sem me preocupar com o fato. O texto foi escrito no final de 1990 quando estava me mudando para Minas Gerais. Não entendo como alguém pode atribuir algo tão amador ao grande Mário Quintana.

"De qualquer forma lhe agradeço e espero que continuem divulgando o texto, mas atribuindo a autoria a mim. Afinal em 1990 Mário Quintana ainda vivia, portanto nem psicografado o texto pode ter sido.

"Abçs e feliz ano novo!"

Infelizmente, parece que políticos continuam a tentar alavancar suas limitações solapando o direito original da autora e a memória do Poeta.

De um admirador do trabalho de ambos."